Casal acusado de crueldade contra cão Scooby vai desembolsar R$ 20 mil para ONGs de proteção animal
- Patrick Araujo

- 6 de jun.
- 2 min de leitura
Animal foi resgatado com quase 3 kg de sujeira no corpo e apresentava quadro grave de saúde. Com o acordo, ex-tutores evitam processo na Justiça.

Os antigos responsáveis por Scooby — um poodle de aproximadamente 14 anos, resgatado em estado deplorável — terão de pagar quase R$ 20 mil a organizações de proteção animal de Fortaleza, no Ceará. A medida faz parte de um acordo firmado com o Ministério Público do Estado (MPCE), que permitirá ao casal evitar a continuidade do processo judicial, desde que cumpram todos os termos acordados.
O valor, equivalente a seis salários-mínimos pagos por cada um dos envolvidos — um homem e uma mulher de 47 anos — será direcionado a instituições que atuam no cuidado, recuperação e acolhimento de animais vítimas de maus-tratos, negligência e abandono.
Scooby foi encontrado no final de março deste ano após denúncias anônimas, em um corredor externo da casa dos tutores, localizada na Praia de Iracema. O cão estava sem acesso a água ou comida, e seu corpo estava coberto por cerca de 3 kg de pelos endurecidos, sujos e embolados, o que impedia sua movimentação normal. O animal também sofria de anemia, infestação de pulgas e carrapatos, presença de nódulos sanguíneos na pele e um quadro severo de miíase — uma doença causada por larvas de mosca.
Após o resgate, o casal foi indiciado pelo crime de maus-tratos a animal doméstico. A mulher chegou a ser detida, mas foi liberada após passar por audiência de custódia. A infração, conforme a legislação vigente, prevê pena de dois a cinco anos de prisão, além de multa e proibição de posse de animais.
Felizmente, Scooby recebeu atendimento veterinário e hoje vive sob os cuidados de uma nova família adotiva. O caso causou grande repercussão nas redes sociais e mobilizou ativistas e grupos de defesa dos animais em todo o estado.
A operação de resgate foi conduzida pela Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA) em parceria com a Sociedade Protetora Ambiental do Ceará (SPA/CE), que acompanharam o caso até a conclusão do acordo extrajudicial.








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