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Quatro brasileiros recebem medalhas durante a 18ª Olimpíada Iberoamericana de Biologia, na Colômbia

Todos os jovens passaram por seletiva e capacitação no Butantan; Instituto sediará edição do próximo ano no Brasil




Neste sábado (13), foram divulgados os medalhistas da 18ª Olimpíada Iberoamericana de Biologia (OIAB), realizada na Colômbia. Entre os nomes, destacam-se os quatro brasileiros que estavam representando o País na competição e receberam honrarias de ouro e prata, com um deles conquistando a maior pontuação entre todos os competidores da Olimpíada.

Os estudantes passaram por seletiva e capacitação no Instituto Butantan, órgão ligado à Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, em maio de 2025. A oportunidade foi concedida após os jovens receberem medalhas de ouro na 21ª Olimpíada Brasileira de Biologia (OBB), organizada pelo Instituto em parceria com a Escola Superior do Instituto Butantan (ESIB).

Paulo Vinicius Rodrigues De Azevedo (Colégio Master/CE) foi Top Gold da competição, ou seja, teve a maior nota entre todos os concorrentes da OIAB. Julia Mota Miranda (Colégio GGE) e João Nilson Pedreira Da Cruz Neto (Colégio Coesi) receberam medalhas de ouro, enquanto Francisco Ulisses Montenegro Campos (Colégio Ari de Sá) foi premiado com a prata. Essa foi a primeira vez de todos os estudantes na competição internacional e também o melhor resultado já obtido pelo Brasil.

O estudante João Nilson diz estar honrado por representar o estado de Sergipe, que pela primeira vez teve participação na OIAB. Cabe ressaltar que todos os participantes brasileiros são estudantes do Nordeste.

Na linha das primeiras vezes, essa é também a primeira viagem internacional do jovem, oportunidade que ele atribui à OBB. 'Agradeço a todos que me ajudaram a participar desse marco incrível na minha história', diz João Nilson. Mais do que realizar as provas e medalhar, o jovem estava animado, principalmente, 'para conhecer e conversar com outros estudantes de diversas partes da Iberoamérica e conhecer culturas diferentes.'

Júlia, que também saiu do País pela primeira vez para participar da Olimpíada, descreve a oportunidade como a realização de um sonho. No entanto, reforça que a participação de meninas em competições do tipo ainda é baixa quando comparada ao número de garotos – fato que ela pretende ajudar a mudar.

'Nos últimos três meses, tenho me preparado para as provas com a intenção de representar o Brasil com excelência. Mas além do resultado obtido pela delegação brasileira, torço para que a minha participação e desempenho sirvam de estímulo para que outras garotas participem das olimpíadas científicas', reforça a jovem.

OIAB 2026 no Butantan

Em 2026, a OIAB será sediada no Brasil, com as competições ocorrendo no próprio Instituto Butantan. A delegação brasileira deve retornar da Colômbia ao País com um troféu nos braços, o qual simboliza a OIAB e que será guardado pelo Butantan durante todo o próximo ano, até a realização da nova edição.

Essa é a terceira vez em que o Brasil recebe a Olimpíada Iberoamericana de Biologia, com a primeira tendo ocorrido em 2008, no Rio de Janeiro, e a segunda em 2016, em Brasília.

Segundo Sonia Aparecida de Andrade Chudzinski, pesquisadora do Butantan e coordenadora nacional da OBB desde 2017, 'a Comissão Organizadora já está trabalhando na parte técnica-científica, elaboração dos testes teóricos e práticos, bem como em diferentes aspectos de uma recepção carinhosa e cheia de experiências científicas e culturais, demonstrando um pouco mais sobre o nosso Instituto e do Brasil.'

Sonia acredita que ter o Butantan como sede da Olimpíada não apenas incentivará o estudo da Biologia, mas promoverá relações amistosas entre professores e estudantes de diferentes países, de forma a promover a troca de experiências culturais e o despertar dos jovens para pesquisa e inovação.

Sobre a OBB

A OBB é um projeto educacional e social para estudantes do ensino médio, da rede pública e privada, de todo o Brasil, que tem como principal objetivo aproximar os estudantes do ensino médio à pesquisa científica.

A Olimpíada é porta de entrada para as competições internacionais, permitindo que os melhores classificados participem de seletivas para a Olimpíada Internacional de Biologia (IBO) e Olimpíada Iberoamericana de Biologia (OIAB). Em 2025, a olimpíada somou 161 mil participantes, com 20 medalhistas de ouro sendo capacitados pelo Instituto.

No início de setembro, o Instituto Butantan foi homenageado durante evento em Brasília em razão de seus esforços para a organização anual OBB. Essa foi uma iniciativa do Conselho Federal de Biologia (CFBio), que reconheceu a excelência do Instituto na difusão do conhecimento científico, sua capacidade de inspirar jovens estudantes, o estímulo à vocação científica e a valorização da biologia como fundamento da ciência, da saúde, da educação, da sustentabilidade e da inovação.

Sonia Andrade também foi homenageada durante o evento, recebendo uma placa pelas mãos da presidente do CFBio, Alcione Azevedo, em sinal de agradecimento pelos seus relevantes serviços prestados às ciências biológicas e pela dedicação à produção e disseminação do conhecimento científico.

Além de coordenar a OBB e representar o Brasil em competições internacionais, Sonia também preside o Fórum Nacional de Olimpíadas Científicas; a pesquisadora se tornou a primeira mulher eleita para a função, ocupando o cargo em 2024.

A OBB recebe o apoio da Fundação Butantan, Escola Superior do Instituto Butantan (ESIB), equipe de Relações Internacionais do Instituto Butantan, Centro de Toxinas, Resposta-imune e Sinalização Celular (CeTICS), Centre of Excellence for New Target Discovery (CENTD), Governo Federal do Brasil, Governo do Estado de São Paulo, Ministério da Educação, Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), Conselho Federal de Biologia (CFBio) e Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

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