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Cão resgatado com 3kg de pelos leva ex-tutores a serem indiciados por maus-tratos

Após meses de apuração, Polícia Civil do Ceará responsabiliza casal pelo abandono e negligência contra o poodle Scooby, encontrado em condições degradantes e agora adotado por ativista.


O cachorro Scooby foi adotado depois de anos de maus-tratos e doenças | Foto: ONG Anjos da Proteção Animal/ Reprodução
O cachorro Scooby foi adotado depois de anos de maus-tratos e doenças | Foto: ONG Anjos da Proteção Animal/ Reprodução

A Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA), da Polícia Civil do Estado do Ceará (PC-CE), finalizou, na última quarta-feira (7), o inquérito policial que investigava o caso de maus-tratos envolvendo o cachorro Scooby, resgatado em estado crítico, carregando cerca de 3 kg de pelos embolados. O casal responsável pelo animal foi formalmente indiciado por maus-tratos.


Segundo as investigações, tanto o homem quanto a mulher, ambos com 47 anos, foram responsabilizados por negligência e abandono, ao deixarem de prestar os cuidados básicos ao cão. Os dois foram indiciados conforme o artigo 32, §1º-A, da Lei nº 9.605/98, que trata dos crimes contra o meio ambiente, prevendo pena de reclusão de dois a cinco anos, além de multa e proibição de manter outros animais sob sua tutela.



Entenda o caso Scooby


O poodle Scooby foi resgatado no dia 27 de março no bairro Praia de Iracema, em Fortaleza, após uma denúncia anônima alertar que uma mulher estaria mantendo um cachorro em situação de extrema negligência. Policiais foram até o local e encontraram o cão vivendo em condições degradantes.


O animal, de 14 anos de idade, estava visivelmente debilitado: desnutrido, com a pele lesionada, sem acesso à alimentação ou água potável, e com unhas crescidas a ponto de comprometer sua locomoção. Aproximadamente 3 kg de pelos endurecidos por sujeira e fezes foram removidos durante os cuidados iniciais após o resgate. A tutora foi presa em flagrante pela equipe policial.


Scooby foi levado para a ONG Anjos da Proteção Animal (APA), situada em Caucaia. Três dias depois do resgate, o cachorro finalmente encontrou um novo lar: foi adotado por Stefani Rodrigues, ativista da causa animal e uma das fundadoras da instituição.


O caso gerou forte comoção nas redes sociais e reforçou o debate sobre a importância da denúncia e da responsabilização legal em situações de maus-tratos a animais, lembrando que a legislação brasileira considera tais práticas como crime grave.



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