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Depois de 4 015 dias, o amor bateu à porta: cão de 16 anos é adotado e deixa o abrigo pela primeira vez

Resgatado ferido em 2014, Sheik sobreviveu a maus‑tratos e a uma vida inteira de rejeições até uma seguidora da ONG levá‑lo para casa


Reprodução/ Instagram
Reprodução/ Instagram

O relógio da espera parou: Sheik, um vira‑lata de porte médio que passou 11 anos numa baia do Grupo Força Animal, na Grande Curitiba, finalmente ganhou família. Aos 16 anos — idade em que grande parte dos cães já está em fase avançada de velhice — ele deixou o abrigo na última semana, sob aplausos e lágrimas de voluntários que registraram tudo em um vídeo com a legenda: “Demorou... Mas o amor chegou. Foram 4.015 dias. Foram 96.360 horas. Uma vida inteira de espera.”


Do resgate dramático à invisibilidade

Sheik entrou para a ONG em 2014, trazido às pressas depois de levar uma facada profunda na cabeça que infeccionou. Salvo pela equipe veterinária, ele carregou sequelas emocionais: arisco com desconhecidos e pouco “fotogênico” para feiras de adoção, onde filhotes e cães de raça costumam sair primeiro. Quando perdeu a companheira de canil, mergulhou em luto; a equipe resolveu poupá‑lo de novos eventos, mas continuou divulgando sua história nas redes.


A virada inesperada

Onze anos depois, um dos posts tocou o coração de uma seguidora, que se ofereceu para adotá‑lo. Na gravação da despedida — já vista por milhares de pessoas — o idosinho circula entre os cuidadores, recebe cafuné e embarca rumo à nova rotina. “Hoje o Sheik vai dormir em uma cama de verdade. Vai ter um sofá para chamar de seu. Um colo só dele”, celebrou a equipe em publicação comemorativa.


Mais que um final feliz, um convite à reflexão

Para o Grupo Força Animal, que já salvou mais de 3 000 bichos, o caso reforça a necessidade de olhar também para os invisíveis. “Adotar um animal como ele é um ato de coragem e compaixão. Não é sobre o tempo que falta, mas sobre a qualidade de vida que podemos oferecer”, ressaltou a ONG.


Como ajudar

A instituição depende de doações em dinheiro, ração, medicamentos e lares definitivos. Interessados podem acessar o perfil @associacaogfa no Instagram para contribuir ou conhecer outros cães e gatos à espera de uma chance.


Ao se despedir do veterano, a equipe deixou a mensagem que resume toda a jornada: “Vai, meu velho… Vai ser feliz. A gente fica aqui com saudade e o peito cheio de amor.”

 
 
 

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