Cão atingido por bala perdida em megaoperação no Rio de Janeiro recebe alta após cirurgia

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Um cachorro da raça Cane Corso, chamado Scooby, foi baleado durante uma operação policial de grande porte realizada na manhã da última terça-feira (28) na Vila Cruzeiro, localizada no Complexo da Penha, zona norte do Rio de Janeiro. O animal foi socorrido e passou por uma cirurgia no Hospital Veterinário Municipal São Francisco de Assis, em Irajá.

Segundo informações da equipe médica, Scooby está se recuperando bem. Ele recebeu alta hospitalar, mas continuará sendo acompanhado e monitorado pelos veterinários da unidade.

De acordo com o tutor, Hélio Fernando de Abreu da Silva, o cão, de sete anos, estava deitado no terraço da residência quando o confronto começou. “O tiro veio da mata perto da minha casa. Nós ouvimos o cachorro gritar. Minha esposa começou a chorar e falou ‘pegaram meu negão’. E nós nem podíamos subir para socorrê-lo, porque era muito tiro.”

Hélio relatou ainda que criminosos atearam fogo em uma barricada, o que dificultou o resgate do animal. Somente cerca de uma hora depois, quando o tiroteio cessou momentaneamente, um amigo conseguiu resgatar Scooby.

A residência da família ficou crivada de disparos. “Foi um terror muito grande. As paredes estão cheias de buracos de bala. Temos uma criança de oito anos que chorava muito com pena do cachorro que ela adora”, contou o tutor.

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O secretário municipal de Proteção e Defesa dos Animais, Luiz Ramos Filho, confirmou que Scooby foi atingido na região lombar e destacou que casos semelhantes têm se tornado cada vez mais comuns.

“É muito triste que até os animais indefesos sejam vítimas da violência. Esse mês, sete animais foram atendidos nos hospitais municipais veterinários vítimas de tiros", declarou o secretário.

Criação de protocolo para casos de animais baleados

Em razão do aumento desse tipo de ocorrência, o secretário Luiz Ramos Filho anunciou a implementação de um novo protocolo na Secretaria de Proteção e Defesa dos Animais.

“Todos os casos de pacientes baleados agora são contabilizados, registrados e encaminhados à polícia, para que seja aberta uma investigação”, explicou.