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Cavalo estava vivo quando teve patas cortadas, confirma laudo da Polícia Civil

Atualizado: 10 de set.

Perícia aponta que animal sofreu golpes ainda com vida; caso gera revolta, manifestações públicas e notas de repúdio


Reprodução/ redes sociais
Reprodução/ redes sociais

O cavalo que teve as patas decepadas por um jovem em Bananal, no interior de São Paulo, estava vivo no momento em que sofreu as agressões. O laudo apontou que o animal apresentava hematomas que só podem se formar enquanto ainda há vida.


A conclusão foi divulgada nesta quarta-feira (27) pelo delegado Rubens Luiz Fonseca Melo e pela médica-veterinária Luana Gesualdi, por meio das redes sociais, após a finalização da perícia realizada pela Polícia Civil. “Quando o animal está sem vida, é um cadáver, você não consegue desferir golpes e causar hematomas, só quando o animal está em vida", explicou a veterinária.


Antes de ter os membros cortados, o cavalo desabou por exaustão depois de ser obrigado a percorrer 15 km em uma cavalgada.


O responsável pela agressão é Andrey Guilherme Nogueira de Queiroz, que admitiu em entrevista estar alcoolizado no momento. Segundo o delegado, o estado de embriaguez pode ter feito com que ele acreditasse que o animal já estivesse morto.


A veterinária também esclareceu por que havia pouco sangue no local do crime. “Quando o animal está naquela situação, afrouxado, em exaustão, em uma fadiga muito grande, muito grave, a pressão dele cai, ou seja, o animal fica desfalecido e fica com pulsos muito baixos, a pressão cai, e por isso não se tem muito sangue”, afirmou Luana.



Reações e repercussão


Nas redes sociais, o episódio causou forte indignação. A ativista Luísa Mell cobrou punição aos envolvidos. “Monstros! Como pode gente? Pelo amor de Deus! Exigimos punição! Estes covardes têm que pagar! Cortaram as patas de um cavalo simplesmente porque ele não aguentava mais andar!"


A cantora sertaneja Ana Castela também se manifestou, chamando o ato de covarde e pedindo mobilização popular para que o caso tenha maior repercussão e chegue às autoridades competentes.


A Anamma (Associação Nacional de Municípios e Meio Ambiente) divulgou uma nota oficial de repúdio contra a mutilação e morte do cavalo.


Em comunicado, a Prefeitura de Bananal lamentou o ocorrido e informou que acionou a Delegacia de Polícia e a Polícia Ambiental assim que foi notificada do crime, solicitando investigação rigorosa e punição dos culpados.



O que aconteceu com o animal


O cavalo foi amputado após cair de exaustão, incapaz de concluir o trajeto de 15 km. Quando o animal já estava no chão, Andrey utilizou um facão para cortar as duas patas e ainda golpeou a região abdominal diversas vezes com uma faca.


Segundo ele, a motivação teria sido facilitar a remoção do corpo, jogando-o ribanceira abaixo em um local de difícil acesso.

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