Atenção na Fronteira: Presença de Onça-pintada Alerta Comunidade e Muda Rotina em Corumbá
- Redação Pet Mania

- 13 de jun.
- 2 min de leitura
Após avistamento confirmado do maior felino das Américas, moradores são orientados a reforçar a segurança com crianças e animais domésticos, enquanto a Polícia Militar Ambiental intensifica o patrulhamento na região de fronteira com a Bolívia.

A Polícia Militar Ambiental (PMA) de Mato Grosso do Sul confirmou o avistamento de uma onça-pintada (Panthera onca) em área de mata localizada na divisa entre Corumbá e a Bolívia, fato que desencadeou uma série de mudanças na rotina da comunidade local.
Durante uma operação de fiscalização, os agentes se depararam com o imponente felino, considerado o maior da América Latina. Embora o animal tenha sido visto em ambiente silvestre, a proximidade com áreas residenciais gerou preocupação entre os moradores e autoridades.
A PMA rapidamente acionou protocolos de segurança, orientando os habitantes da região a evitar o contato com áreas de vegetação densa, a manter crianças longe de trilhas ou matas desacompanhadas e a recolher os animais domésticos, especialmente durante o período noturno.
O policiamento ambiental foi reforçado com a atuação de quatro viaturas posicionadas estrategicamente em pontos-chave, como o Mirante da Capivara, a região da Cacimba, o Porto Geral e outros locais sensíveis. O objetivo é garantir vigilância constante e prevenção de novos encontros entre humanos e o predador.
Patrulhamento intensificado
A presença da onça-pintada evidencia a importância da presença permanente de equipes de fiscalização em áreas do bioma pantaneiro. A região, que faz parte de um dos ecossistemas mais ricos em biodiversidade do planeta, exige atenção redobrada para garantir a segurança da população e o equilíbrio ambiental.
Desde o ataque fatal ocorrido com o caseiro Jorge Ávalo, de 60 anos — vítima de uma onça-pintada em episódio anterior —, a PMA tem ampliado suas ações. Além das rondas frequentes, os policiais têm reforçado o alerta sobre práticas ilegais que colocam a comunidade em risco.
Alimentação de animais silvestres é crime
Entre essas práticas está a ceva — ato de alimentar animais selvagens com o objetivo de atraí-los ou facilitar sua observação. A prática está proibida no Mato Grosso do Sul desde 2015 por meio de uma resolução estadual que veta a oferta de alimentos a mamíferos silvestres de médio e grande porte em liberdade.
A PMA destaca que a ceva, além de ilegal, pode ser extremamente perigosa ao acostumar animais selvagens à presença humana e reduzir seus comportamentos naturais de caça e fuga, tornando-os mais propensos a ataques.
Colaboração da população
Diante da recente aparição do felino, a PMA reforça que qualquer novo avistamento deve ser imediatamente comunicado às autoridades ambientais. Essas informações são essenciais para o mapeamento das ocorrências e para a elaboração de estratégias de prevenção e manejo.
As ações visam, sobretudo, a proteção mútua: tanto das pessoas quanto da fauna local. Em áreas onde o contato entre vida silvestre e população é inevitável, o convívio seguro depende da responsabilidade de todos.








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