
Cinomose
A cinomose canina é uma doença infectocontagiosa que acomete cães e é provocada por um vírus. Altamente transmissível, essa patologia afeta cães domésticos e selvagens.
A cinomose canina é uma enfermidade infectocontagiosa que acomete cães e é provocada por um vírus. Altamente transmissível, essa patologia afeta, principalmente, cães que ainda não completaram o esquema vacinal (filhotes) ou que não recebem a revacinação anual da vacina múltipla (V8, V10, V11 ou V12). Vale ressaltar que a cinomose não afeta os felinos.
Sinais Clínicos
Nos estágios iniciais da enfermidade, um dos sintomas mais frequentes é a diarreia, pois o sistema digestivo costuma ser o primeiro a ser comprometido. Em uma fase um pouco mais avançada, o sistema respiratório também é afetado, apresentando-se secreções espessas e amareladas, provenientes do nariz e da área ocular.
Na etapa mais grave da doença, ocorre a invasão do sistema nervoso central, momento em que o cão passa a apresentar dificuldades para se locomover, além de tremores musculares que podem evoluir para convulsões.
Os principais sinais clínicos incluem: apatia, perda de apetite, diarreia, vômito, febre, secreções oculares (acúmulo excessivo de remela), secreções nasais (pus), convulsões, paralisia, tiques nervosos e falta de coordenação motora.
Um cão infectado elimina o vírus por meio da urina, das fezes e das secreções nasais e oculares por até 90 dias após a contaminação. Por esse motivo, é fundamental evitar que o animal tenha contato com outros cães enquanto estiver doente.
Transmissão
A transmissão da cinomose ocorre de diversas formas. O contato direto com secreções, urina e fezes contaminadas de cães infectados é uma das principais vias de infecção. Além disso, objetos como casinhas, cobertores e recipientes de comida e água também podem servir como fontes de contaminação. Filhotes e animais idosos estão mais vulneráveis a doenças infecciosas, pois seu sistema imunológico é menos eficiente.
É importante destacar que o contágio não precisa ser direto. Um animal pode se infectar ao passear em locais onde cães doentes eliminaram o vírus, como ruas, praças e outros espaços públicos.
Tratamento
Atualmente, não existem medicamentos antivirais específicos para eliminar o vírus da cinomose. O tratamento consiste no controle dos sintomas conforme os sistemas atingidos:
Uso de antibióticos e antipiréticos para tratar infecções secundárias no trato digestivo e respiratório, associados a expectorantes, broncodilatadores e antieméticos.
Fluidoterapia (soro) para corrigir a desidratação provocada pela diarreia.
Administração de anticonvulsivantes para controlar as crises convulsivas resultantes do comprometimento neurológico.
Suplementação nutricional e terapias complementares, como acupuntura, para fortalecer a resposta imunológica do animal e ajudá-lo a combater a infecção.
Cães que desenvolvem a forma neurológica da doença podem apresentar sequelas permanentes, como tremores, dificuldades motoras e crises convulsivas, mesmo após a eliminação do vírus do organismo. Nesses casos, o tratamento pode incluir sessões de fisioterapia e acupuntura, além do uso contínuo de anticonvulsivantes, conforme necessário.
Diagnóstico
O diagnóstico da cinomose deve ser realizado por um médico veterinário, que avaliará os sinais clínicos apresentados pelo animal e poderá solicitar exames laboratoriais, radiografias ou testes de PCR (análise genética) para confirmar a presença do vírus. Com base nesses resultados, o profissional indicará o tratamento mais adequado para cada estágio da enfermidade.
Prevenção
A prevenção é simples e eficaz: manter a vacinação anual do cão em dia. A vacina contra a cinomose está incluída no protocolo das vacinas V8, V10 e V11. No caso dos filhotes, recomenda-se a aplicação de três a quatro doses a partir dos 45 dias de idade, com intervalos de 21 a 30 dias entre cada aplicação. Somente após a última dose o sistema imunológico do filhote estará completamente preparado para enfrentar o vírus, permitindo que o animal possa passear em segurança.




