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Coluna   Psicologia & Pet

Psicóloga Isabel Araujo

Zooterapia: quando os pets se tornam aliados na recuperação emocional

Por: Isabel Araujo

 A zooterapia, também conhecida como terapia assistida por animais, é uma abordagem terapêutica cada vez mais utilizada em hospitais, clínicas, lares de idosos e centros de reabilitação.

Foto: Reddit

      Do ponto de vista psicológico, a presença de um animal pode transformar momentos difíceis em experiências mais leves — e até acelerar processos de recuperação emocional e física.


     A zooterapia, também conhecida como terapia assistida por animais, é uma abordagem terapêutica cada vez mais utilizada em hospitais, clínicas, lares de idosos e centros de reabilitação. A ideia é simples, mas poderosa: integrar cães, gatos e até outros animais ao ambiente de cuidado para promover bem-estar, conforto e alívio emocional a pacientes em tratamento.


     Pesquisas realizadas pela Universidade de Saskatchewan, no Canadá, revelam que apenas dez minutos ao lado de um pet já são capazes de reduzir a dor, aliviar a ansiedade e melhorar quadros de depressão. Isso se deve, em parte, à liberação de substâncias como a serotonina e a endorfina, que regulam o humor, melhoram o sono, o apetite e até funcionam como analgésicos naturais.


     Do ponto de vista físico, os benefícios também são evidentes: o contato com os animais pode contribuir para a redução da pressão arterial, do colesterol e dos triglicerídeos, como apontam estudos dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças e do Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos. Ou seja, cuidar do emocional também fortalece o corpo — e os pets atuam como verdadeiros facilitadores desse processo.


Existem duas modalidades principais dentro da zooterapia:

Terapia Assistida por Animais (TAA): realizada com acompanhamento profissional, com objetivos terapêuticos específicos e critérios médicos bem definidos.


Atividade Assistida por Animais (AAA): proporciona momentos de interação espontânea com os animais, sem avaliação clínica formal.


     É claro que, para a eficácia e segurança da zooterapia, tanto os profissionais da saúde quanto os responsáveis pelos animais devem garantir que tudo esteja dentro dos padrões adequados: pets saudáveis, calmos, socializados e com temperamento compatível com esse tipo de trabalho.


     A verdade é que os animais têm o dom de humanizar ambientes e criar pontes afetivas mesmo em situações de vulnerabilidade. Em um hospital, por exemplo, um cão terapeuta pode oferecer aquilo que nenhum medicamento fornece: aconchego, escuta silenciosa e a sensação de que, mesmo em meio à dor, ainda é possível sorrir.


    Se você já sentiu que o seu pet tem o poder de curar o seu dia, saiba que isso não é só impressão. É ciência. E é amor em ação.

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