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Tragédia Canina em Investigação: Mais de 200 Cães Morrem no Interior Capixaba


Divulgação/SMAM
Divulgação/SMAM

Uma onda de mortes que já vitimou aproximadamente 200 cães — entre animais de rua e domésticos — no município de Muqui, localizado na região Sul do Espírito Santo, está sendo minuciosamente investigada por pesquisadores da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) e pela equipe da Secretaria Municipal de Meio Ambiente. A hipótese mais forte até o momento é um possível surto de cinomose, porém outras enfermidades ainda não foram descartadas.


De acordo com a Secretaria de Meio Ambiente, o primeiro caso suspeito foi registrado no dia 10 de junho, envolvendo um cão doméstico. Desde então, nas últimas semanas, moradores passaram a relatar, em grande volume, sintomas semelhantes surgindo em diversos cães da região.


No dia 19 de julho, uma comitiva do Departamento de Medicina Veterinária da UFES, com apoio do Hospital Veterinário da instituição (HOVET-UFES), deslocou-se até Muqui para coletar amostras sanguíneas de 40 cães em situação de rua. Do total, 12 foram recolhidos e se encontram em isolamento em uma residência da cidade.


A ação foi conduzida pelos professores Afonso Cassa Reis e Jéssica de Crasto Souza Carvalho Reis, com suporte de docentes, técnicos, residentes e alunos de graduação.


As amostras de sangue foram devidamente congeladas e armazenadas nos laboratórios da universidade. O objetivo dos pesquisadores é realizar um estudo soroepidemiológico detalhado da população canina local. A Prefeitura de Muqui aguarda o recebimento dos insumos necessários para iniciar os testes imunocromatográficos. Após o processamento das amostras, a UFES irá elaborar um parecer técnico com os dados obtidos.


Paralelamente à análise laboratorial, foram encaminhados para necropsia os corpos de quatro cães que vieram a óbito — incluindo tanto animais errantes quanto domésticos. O intuito é confrontar os dados clínicos e anatomopatológicos a fim de levantar diagnósticos diferenciais. A UFES salientou que, até o momento, ainda não se pode afirmar com certeza qual é a causa da mortandade.


Diante da gravidade da situação, a Secretaria de Meio Ambiente está, em conjunto com o Conselho Regional de Medicina Veterinária do Espírito Santo, formulando um plano de ação. Caso a cinomose seja confirmada como a responsável pelo surto, será implementada uma campanha emergencial de vacinação para imunizar os cães que ainda não foram contaminados.


Levantamentos realizados no mês de janeiro deste ano apontaram a existência de aproximadamente 600 cães errantes na cidade. Como medida preventiva, a prefeitura orienta os tutores a manterem seus animais sob vigilância dentro de casa e a evitarem qualquer contato com cães de rua. Para dúvidas e denúncias, foi disponibilizado o número (28) 99932-6684.

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