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Silveira deixa a vida no campus da UFSM após 10 anos e conquista um novo lar

Conhecido nas redes sociais e querido por estudantes, cão vira símbolo da luta contra o abandono animal e passa a viver sob os cuidados de voluntária do projeto Zelo.


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Após uma década circulando livremente pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e conquistando milhares de admiradores nas redes sociais, o cão Silveira finalmente encontrou um lar fixo. O mascote mais famoso da instituição agora vive com uma das voluntárias do projeto Zelo, grupo responsável por acompanhar e cuidar dos animais comunitários do campus.


"Todos amam o Silveira livre, arteiro e visitante de vários sofás no campus, inclusive nós da equipe do Zelo. Mas temos que prezar pela saúde dele, aceitar as recomendações dos veterinários e seguir os tratamentos prescritos. É por esta razão que o Sil não voltou à vida livre no campus", explicaram os integrantes do projeto.

Silveira precisou de cuidados intensivos após ser internado por um longo período no Hospital Veterinário Universitário (HVU). Nesta semana, ele recebeu alta. Durante a internação, foram feitas biópsias em lesões localizadas no fígado e no baço. Os laudos médicos ainda não foram divulgados.


"Desde o ano passado os check-ups dele se tornaram mais frequentes. As lesões na pele, hemangiomas, tratadas com criocirurgia e retirada de nódulos maiores, já tiveram o diagnóstico de tumores dérmicos, bastante comuns em cães de vida livre, com pelagem clara e com a idade dele também", acrescentou a equipe da Zelo.

Hoje com quase 140 mil seguidores no Instagram, o simpático cãozinho se tornou uma figura célebre. Sua imagem aparece em postagens de livrarias, editoras, grupos estudantis, perfis de entretenimento e até instituições financeiras.


Em tom bem-humorado, o próprio perfil de Silveira fez um desabafo sobre a mudança de rotina:"Não era viável eu ficar batendo pata por aí, então o Zelo conseguiu um lugar pra mim. Confesso que primeiro fiquei meio entediado de não ter tanta ronda pra fazer, mas lembrei das coisas boas da vida (contemplação e sonecas) e olha... Gostei desse negócio de ser cachorro de família", publicou.


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A fama de Silveira foi tanta que ele até recebeu uma “promoção simbólica”: ganhou o título de “pró-reitor de assuntos caninos”, em uma brincadeira assinada pelo reitor da UFSM, Luciano Schuch. Apesar de não ter validade oficial, a ação reforça o carinho da comunidade acadêmica pelo mascote.


"Eu estou de trabalho remoto, mas ainda sou pró-reitor! Meus secretaurios e representantes estão me ajudando a manter a ordem na comunidade canina da UFSM", escreveu a conta do cão nas redes.

A equipe do Zelo acredita que Silveira tenha aparecido na universidade há mais de uma década. Atualmente idoso, ele convive com artrose, já teve lesões nas patas e demonstra medo de automóveis, seringas e de pessoas com jaleco branco, como os profissionais da área veterinária.



Símbolo da causa animal


Com o reconhecimento nas redes e no ambiente acadêmico, Silveira se transformou em um verdadeiro emblema da luta contra o abandono de animais. Sua visibilidade contribuiu para dar força a campanhas de adoção e ações de conscientização dentro da universidade.


De acordo com dados da própria UFSM, cerca de 85 animais — entre cães e gatos — ainda vivem no campus sob os cuidados do projeto Zelo. Todos estão aptos para adoção responsável.


A universidade reforça que o Zelo é voltado exclusivamente para o cuidado dos animais que já residem no campus, e não atua como uma organização para recolhimento de novos casos de abandono.

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