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Esquema de venda ilegal de sangue de gatos em SP: animais serão disponibilizados para adoção, diz prefeitura

Após operação em Monte Alto, sete gatos e um cachorro foram resgatados; uma das fêmeas foi diagnosticada com doença semelhante à Aids humana


Prefeitura de Monte Alto
Prefeitura de Monte Alto

A Prefeitura de Monte Alto (SP) informou nesta terça-feira (7) que recolheu, ao todo, sete gatos e um cachorro na residência onde funcionava um esquema clandestino de coleta de sangue animal. Os pets serão encaminhados para adoção após passarem por avaliação e tratamento veterinário.


O caso veio à público no último sábado (4), quando três pessoas foram presas, incluindo um estudante de veterinária.


Ainda naquele dia, a Secretaria Municipal de Agricultura e Meio Ambiente havia apreendido três gatos, que passaram por exames clínicos. Entre eles, uma fêmea testou positivo para o Vírus da Imunodeficiência Felina (FIV — Feline Immunodeficiency Virus), doença comparável à Aids nos seres humanos.


A enfermidade compromete o sistema imunológico dos felinos e não possui cura.

Na segunda-feira (6), as equipes retornaram ao local e recolheram mais quatro gatos e um cachorro — este último estava em uma edícula no mesmo terreno. Todos os animais foram encaminhados a uma clínica veterinária para realização de exames.


Como o caso foi descoberto

O esquema de comercialização ilegal de sangue de gatos em Monte Alto (SP) veio à tona após um anúncio nas redes sociais oferecer R$ 50 a tutores dispostos a submeter seus animais ao procedimento.

A EPTV, afiliada da TV Globo, teve acesso ao conteúdo do anúncio, publicado em um status de WhatsApp, que dizia:

"Oi, meus queridos irmãos e irmãs. Vocês que têm gatos, tem alguém que paga para tirar sangue de gato. Para cada gato, ela está pagando R$ 50. Vocês estão interessados de ganhar dinheiro só me avisar."

Gatos fracos e desacordados encontrados na clínica clandestina | Foto: Polícia Civil
Gatos fracos e desacordados encontrados na clínica clandestina | Foto: Polícia Civil

A partir dessa publicação, agentes da Guarda Civil Municipal localizaram uma casa na Rua Marciano de Vasconcelos Nogueira, onde, segundo o boletim de ocorrência, as condições eram insalubres e não havia a presença de um médico veterinário habilitado.

Os guardas chegaram ao endereço após entrarem em contato com o autor do anúncio, que, conforme o registro policial, repassou o contato de Sandra Regina de Oliveira, apontada como intermediadora do esquema e responsável por indicar o local em que o sangue seria coletado.


O que foi encontrado no imóvel

No endereço, os agentes encontraram cinco pessoas, algumas delas manipulando instrumentos veterinários, além de seis gatos desacordados.

Foram apreendidos materiais como seringas e frascos contendo sangue. Os gatos também foram resgatados — um deles com diagnóstico de FIV, infecção conhecida como “Aids felina”, que pode ser transmitida entre animais da mesma espécie.


Gato desacordado e fraco foi encontrado no chão das instalações | Foto: Polícia Civil
Gato desacordado e fraco foi encontrado no chão das instalações | Foto: Polícia Civil

Quem são os investigados

Das cinco pessoas levadas à delegacia, três acabaram presas: o estudante de veterinária Cleiton Fernando Torres, de 37 anos, natural de Bady Bassit (SP); a aposentada Sandra Regina de Oliveira, de 50 anos; e a empregada doméstica Ângela Aparecida Alves Ribeiro, de 42 anos — ambas de Monte Alto.


Os três foram conduzidos à Cadeia Pública de Pradópolis (SP). Após audiência de custódia no domingo (5), apenas Cleiton permaneceu detido.


Também são investigados o operador Everton Leite Silva, de 37 anos, de Bady Bassit, e o autônomo José Luiz de Lima, de 63 anos, de São José do Rio Preto (SP).


Todos responderão por maus-tratos e abuso contra animais, crime previsto na Lei de Crimes Ambientais (Lei nº 9.605/98).


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